Nos escritórios, nos laboratórios ou no campo, as mulheres que atuam no Instituto de Metrologia do Governo de Santa Catarina, com dedicação e competência, têm contribuído muito para os bons resultados do Órgão.
Elas estão presentes, com a intuição que lhes é peculiar, em todas as áreas de atuação do Imetro-SC. Do administrativo, passando pelo jurídico, onde sempre foram maioria, até as diversas e complexas áreas técnicas finalísticas.
Particularmente, eu penso que as servidoras que optaram pelas áreas técnicas assumiram um grande desafio. E a coragem que tiveram para encarar este desafio, merece um reconhecimento especial.
Elas disseram sim, para atuarem em ambientes insalubres e perigosos. Para realizarem tarefas que a sociedade normalmente espera que sejam executadas por homens. Nas fábricas, em grandes atacadistas ou distribuidores, elas encaram, desde galpões abarrotados de pneus ou materiais de construção, até câmaras frias com temperaturas inferiores a 18 graus negativos, quando fiscalizam pescados congelados.
Além de atuarem nestas atividades complexas, elas ainda enfrentam, em alguns casos, certo desprezo pelos representantes das empresas em que estão realizando um serviço ou uma fiscalização. Temos relatos de casos em que as mulheres percebem que não são atendidas da mesma forma que os homens. Não sentem o mesmo respeito e não recebem a mesma atenção durante a visita.
No entanto, fazem o seu trabalho com maestria. Orientam e advertem quando apropriado. Notificam, interditam e apreendem quando necessário. E até chamam força policial quando sofrem objeção à fiscalização. Elas vêm demonstrando claramente do que são capazes, e não deixam a desejar.
Eu penso que nós, homens, temos muito a aprender com elas. Em especial, no que se refere ao sentimento de acolhimento e de empatia.
Desde que assumi a presidência do Imetro, em fevereiro de 2023, que venho transmitindo para nosso corpo fiscal, que nós devemos atender (acolher) o setor produtivo da melhor forma possível. E, a empatia e o sentimento de acolhimento são atributos importantes, que nos sensibilizam a tornar a nossa abordagem, na prestação de serviço ou na fiscalização, o mais valorosa possível para a empresa visitada.
Afinal, ao contrário do que muitos podem pensar, o consumidor não é o nosso maior cliente. Ele é apenas um beneficiário final do nosso trabalho. O nosso cliente número um é o empresário de boa fé, usuário dos nossos serviços, proprietário de empresas impactadas pela regulamentação do Inmetro.
As mulheres fiscais ou administrativas têm muito a ensinar a nós, homens. Certamente, farão a diferença nesta jornada, na qual estamos construindo uma percepção nova e positiva do Imetro junto ao setor produtivo catarinense.
Esta é uma singela homenagem que faço a todas as mulheres, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Meus sinceros parabéns!
Alexandre Soratto, Dr.Eng.
Presidente do Imetro-SC
Pesquisador do Inmetro